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Kadomoto é acusado de estupro de vulnerável.
Divulgação/Redes sociais
Kadomoto é acusado de estupro de vulnerável.


O terapeuta Tadashi Kadomoto , réu por estupro de vulnerável após a Justiça aceitar uma denúncia feita pelo Ministério Público , tem uma clínica em que realizava consultas em Campinas .

Segundo o site do instituto, localizado no bairro Nova Campinas, a clínica realiza na cidade procedimentos de tratamentos especiais, terapias de casais além de contar com profissionais especializados em crianças e adolescentes.

Conhecido como "guru da meditação na pandemia", Kadomoto tem milhões de seguidores em redes sociais, e já recebeu milhares de pessoas em cursos e treinamentos. O terapeuta é acusado formalmente por uma ex-aluna, e recebe acusações de outras mulheres que também se dizem vítimas deles.


A denúncia aceita pela Justiça foi feita pela vítima no ano passado. Segundo a ex-aluna, que não quis se identificar, durante 7 anos de tratamento e treinamento, foi vítima de vários abusos sexuais, inclusive enquanto era estagiária do instituto. Ela teria procurado o local para tratar distúrbios alimentares.

Após coletar provas e ouvir testemunhas, a Promotoria denunciou Kadomoto, que vai responder pela acusação de cinco estupros. Além da acusação de estupro de vulnerável, o guru também foi acusado de lesão corporal grave pelos danos psiquiátricos causados a vítima.

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NEGAÇÃO

Na madrugada de hoje (12), o terapeuta postou um vídeo em uma rede social, em que nega os abusos e afirma que estará à disposição da Justiça. Kadomoto ainda declarou que vai se afastar das atividades.

DENÚNCIA

Em entrevista à Rede Globo, a promotora responsável pelo caso, Celeste Leite dos Santos, disse que o terapeuta se aproveitou do momento vulnerável da vítima, e realizou uma série de assédios durante o tratamento.

"Foi de uma forma progressiva... Começou com um toque, depois troca de e-mails, até que ele consumou, quando ela não tinha a menor capacidade de assumir resistência, o ato sexual, não respeitando sequer o fato de que a vítima estava grávida" afirmou, declarando que desde o começo o objetivo do terapeuta era ter relações sexuais com a aluna.

Em denúncias de outras mulheres que não chegaram a fazer a acusação à Justiça, é citado ainda a troca de mensagens com cunho sexual e assédios durante a consulta, com o terapeuta chegando a "fazer carícias", e tentado tocar em partes íntimas das vítimas.

QUEM É O ACUSADO

Kadomoto atua há quase 30 anos no ramo de terapia transpessoal, usando hipnose, meditação, regressão e relaxamento. Em suas lives nas redes sociais, o guru costumava atrair milhares de seguidores com mensagens de autoconhecimento.

Em nota, a defesa do terapeuta afirmou que "em toda a sua reconhecida trajetória profissional, jamais recebeu solicitação de esclarecimento sobre qualquer fato e nenhuma denúncia formal até o momento".

O terapeuta poderá se defender durante o andamento do processo, que entra em uma nova fase de investigação. Cabe à Justiça ouvir as partes e julgar se o acusado é culpado pelos crimes.

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