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Bolsonaro participou de inauguração da Linha Manacá do Projeto Sirius.
divulgação/TV Brasil
Bolsonaro participou de inauguração da Linha Manacá do Projeto Sirius.


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve nesta quarta-feira (21) à tarde em Campinas , em visita oficial ao Projeto Sirius , e evitou a imprensa em meio à polêmica da CoronaVac. Hoje, mais cedo, ele desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, no dia anterior, anunciou acordo com o estado de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.

A vacina é feita pelo Instituto Butantan em parceria com farmacêutica chinesa Sinovac. Até o momento, a vacina não apresentou reações adversas e é considerada segura pelo governo estadual. A aposta do Bolsonaro, no entanto, é a vacina feita pela Universidade de Oxford, que teve o registro de morte de um voluntário brasileiro.

Devido a polêmica - incluindo a fala do governador João Doria (PSDB) de que essa postura do presidente era politizada -, Bolsonaro evitou falar com a imprensa e não concedeu entrevista coletiva.


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Ele falou apenas na abertura da cerimônia da primeira estação de pesquisa emergencialmente usada contra a covid-19 do Projeto Sirius, no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). Essa foi a primeira visita oficial de Bolsonaro em Campinas após ser eleito presidente do país.

A VISITA

Bolsonaro chegou em Campinas por volta de 14h20. Ele foi direto ao Polo II de Alta Tecnologia de Campinas, localizado no Bosque das Palmeiras. No local, ele participou da cerimônia e também conheceu as dependências do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), que administra o Sirius.

Junto com ele estava o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, e o ministro de Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. A comitiva foi embora por volta de 16h31.

Sobre a visita, o presidente disse que ficou "empolgado" com o local e que concorda com os dirigentes do CNPEM para que a região se torne o próximo Vale do Silício da Biotecnologia.

"Falaram a palavra mágica: 'recurso e Petrobras'. Lembrei da transição, em 2018, que tinha um contrato de R$ 700 milhões da Petrobras para colocar uma bandeira no Brasil no escudo da Fórmula 1. Não posso interferir na Petrobras, mas liguei para o presidente (Michel Temer) e foi resolvido. Agora, vou ligar para destinar recursos para esta obra para o futuro", afirmou ele durante a cerimônia.

Ele também disse que o Sirius é algo que pode ajudar o país a buscar independência tecnologia e que é algo "nosso", assim como "a Amazônia, que não pega fogo, e o Cerrado". 

O QUE É 

Na visita, Bolsonaro oficializou o início das pesquisas no Sirius, o maior projeto científico já desenvolvido no Brasil. O projeto o Sirius é uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo e é utilizado para analisar as moléculas das mais variadas matérias.

Hoje, o Presidente da República e a comitiva visitaram o túnel de concreto onde estão instalados os aceleradores de elétrons. Em seguida, acompanharam a demonstração de experimentos na estação de pesquisa Manacá, responsável atualmente por pesquisas relacionadas à covida-19, uma resposta emergencial à pandemia.

A partir da cerimônia de hoje, a estação de pesquisa passa a aceitar propostas de outros objetos de estudo. A Manacá pode apoiar o avanço de estudos em áreas como biotecnologia industrial, biorrenováveis, biocombustíveis, biologia vegetal, agricultura, nutrição, busca de novos candidatos a medicamentos e doenças, como Alzheimer, câncer, esquizofrenia e cardiopatias.

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