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Polícia Federal chegou a efetuar prisões em Viracopos em outubro.
Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal chegou a efetuar prisões em Viracopos em outubro.


A Polícia Federal de Campinas cumpriu na manhã de hoje (3) sete mandados de prisão preventiva contra investigados na Operação "Overload" , que apura um esquema de tráfico internacional de drogas no Aeroporto de Viracopos.

Os sete presos nesta manhã já haviam sido detidos em outubro, quando a ação foi deflagrada. No entanto, em razão do decreto de prisões temporárias, os suspeitos foram postos em liberdade depois de 30 dias.

Segundo a PF, com o avanço das investigações, foi representado pela instituição o pedido pela prisão preventiva de 15 dos 33 investigados, sendo que a Justiça Federal concedeu a prisão dos 15: sete deles foram encontrados e os demais passaram a constar como foragidos.


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A OPERAÇÃO

No dia de 6 outubro a Polícia Federal deflagrou a Operação Overload, contra uma organização criminosa, com ramificações em diversos estados do Brasil e no exterior, voltada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, cuja principal base de atividades era no Aeroporto Internacional de Viracopos. Durante a operação, foram mortos dois suspeitos, e 24 foram presos .

As investigações, segundo a PF, se iniciaram em fevereiro de 2019, com a apreensão de 58kg de cocaína com destino a Europa na ARS (Área Restrita de Segurança) do aeroporto. 

A partir dessa apreensão, a Polícia Federal mapeou a atuação da organização, identificando as respectivas lideranças, as pessoas com quem se relacionaram e o processo utilizado para exportar grandes quantidades de cocaína, a partir de Viracopos com destino ao continente europeu, além dos métodos utilizados para ocultar o lucro obtido com o empreendimento criminoso.  

De acordo com os dados obtidos durante as investigações, a organização criminosa é composta por brasileiros principais fornecedores da cocaína e financiadores do esquema criminoso, além de serem responsáveis pelo aliciamento de funcionários aeroportuários, pela interferência ilícita nas operações de logística aeroportuária e lavagem de dinheiro e estrangeiros, cuja atuação se dá em solo europeu no recebimento da droga.  

Entre os empregados e ex-empregados de empresas prestadoras de serviço na área restrita de segurança do aeroporto aliciados há dezenas de pessoas em funções diversas (vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições a tripulantes e passageiros), que eram os responsáveis pelo esquema de embarque das drogas nas aeronaves com destino ao exterior.  

Além desses empregados, também foram cooptados pela organização criminosa um policial militar e um policial civil.

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