Com seringas e agulhas adquiridas em dezembro, Campinas
tem a expectativa de aplicar a vacina contra a Covid-19
em cerca de 210 mil pessoas durante a primeira etapa da vacinação, prevista para começar no dia 25 de janeiro em todo o Estado de São Paulo
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A data foi mantida pelo governador João Doria em reunião virtual com os prefeitos nesta quarta-feira (06), mesmo sem nenhuma vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o momento. Um pedido para registro e liberação do uso emergencial deve ser enviado à Anvisa pelo Instituo Butantan nesta quinta-feira (07).
Além do prefeito Dário Saadi (Republicanos), o secretário de Saúde, Lair Zambon, e a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben, também participaram do encontro on-line com Doria. Durante a reunião, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que 18 milhões de doses serão disponibilizadas no Estado.
Insumos e refrigeração
Ainda no início do mês passado, o então prefeito Jonas Donizette (PSB) anunciou que Campinas já tinha as seringas e agulhas necessárias para a vacinação, assim como os refrigeradores para armazenamento das vacinas. Após a reunião desta quarta, Dário afirmou que o próximo passo será definir os pontos de vacinação.
“Já temos todos os insumos, como seringas, agulhas e disponibilidade de refrigeradores para armazenamento das doses de vacina. Agora, vamos planejar todas as ações necessárias para definir quais serão os pontos de vacinação, que sejam locais amplos, com fácil acesso e segurança. Devemos ter estes detalhes nos próximos dias”, explicou o prefeito.
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Pontos de vacinação e grupos prioritários
Conforme o comunicado na reunião por Jean Gorinchteyn, a vacinação não vai se concentrar apenas nos postos ou outros tipos de estruturas da rede de saúde municipal. O plano estadual prevê o uso de escolas, estações de trem, quartéis da Polícia Militar, terminais de transporte público, farmácias e sistema drive thru.
Dentro da previsão de que cerca de 210 mil pessoas devem ser vacinadas na primeira etapa da campanha em Campinas , 60 mil doses serão destinadas a profissionais da Saúde e as outras 150 mil serão utilizadas para vacinar campineiros com mais de 60 anos.
CoronaVac
O planejado é iniciar em 25 de janeiro e seguir até 28 de março. Como o governo paulista vem apostando na CoronaVac, produzida pela empresa Sinovac, da China, colocar o plano em prática ainda depende da aprovação para utilizá-la.
Para Campinas, o interesse principal também é na vacina chinesa, pois o ex-prefeito Jonas Donizette firmou, no dia 22 de dezembro, um acordo com o Instituto Butantan para facilitar a aquisição da CoronaVac. Presidente da Federação Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas articulou o acordo não só para Campinas, mas para outras cidades médias e grandes.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Campinas, mais detalhes sobre o plano de vacinação da cidade devem ser divulgados nos próximos dias.