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Madrasta e meia-irmã participaram de tortura a menino de 11 anos.
Divulgação/PMSC
Madrasta e meia-irmã participaram de tortura a menino de 11 anos.


A madrasta do menino de 11 anos , encontrado preso em um barril, e a sua filha, uma jovem de 22 anos , foram transferidas na tarde de ontem (3) para a Penitenciária Feminina de Tremembé

O presídio é conhecido por manter em regime fechado mulheres sentenciadas por casos conhecidos nacionalmente, como é o caso de Suzane von Richthofen, condenada por matar os pais em 2002, Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabela Nardoni, e Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga.

Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) Luciana Rodrigues Pinto de 39 anos e Stefani Caroline Rodrigues de Souza, de 22, deram entrada por volta de 12h30 na penitenciária. Antes disso ambas estavam na penitenciária de Campinas. 


De acordo com a SAP, a transferência foi tomada pela natureza do crime - contra menor de idade com relação de parentesco - e a grande repercussão, que foram suficientes para que ambas se enquadrem no perfil da unidade feminina de Tremembé. 

Segundo a Polícia Civil, o pai do menino vai responder pelo crime de tortura, enquanto as mulheres pelo crime de omissão, sendo que a investigação considerou que o homem aplicou violência e grave ameaça que provocaram intenso sofrimento físico e mental; enquanto que a namorada dele e a filha dela se omitiram e nada fizeram para evitar as agressões.

O CASO

O pai da criança, a namorada dele e a filha da mulher foram presos no último sábado (30) manter o menino de 11 anos, acorrentado e sob maus-tratos, no Jardim Itatiaia. 

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Segundo a Polícia Militar, foi constatado que o menino era mantido nu, acorrentado pelas mãos e pés em um tambor de ferro exposto ao sol. O local, com menos de quatro metros quadrados, era coberto por uma telha do tipo brasilit e com uma pia de mármore por cima, para impedir a saída do garoto. 

Em depoimento, o garoto, encontrado em situação de desnutrição, afirmou que não comia nada há três dias e era mantido naquela situação frequente no barril desde que completou 10 anos. Os policiais tiveram que usar uma ferramenta de corte para tirar as correntes e os cadeados que prendiam a criança ao barril.

Os responsáveis legais do menino receberam voz de prisão em flagrante. A madrasta, a filha dela e o pai do menino foram presos em flagrante. O pai vai responder pelo crime de tortura, enquanto as mulheres pelo crime de omissão. 

A princípio, a informação era de que o menino não seria filho biológico e que o homem tinha "pego para criar". Depois, o homem, que tem a guarda do menino, confessou que era pai biológico, dizendo que a mãe tinha abandonado a criança.

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