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Após o recorde de abstenção na 1ª fase desde 2003, o primeiro dia da 2ª fase do vestibular da Unicamp
teve a menor abstenção
em 10 anos, de 8,3%, segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares). O dado foi divulgado no final da tarde desta segunda-feira (8) após a aplicação da prova de Linguagem e Redação para 14.185 estudantes.
Entre as 22 cidades que aplicaram a prova, Fortaleza teve o maior índice de abstenção, com 13,2%. Em Campinas, 6,7% dos alunos não fizeram a prova e, na capital, 9,3%.
Segundo o diretor do Comvest, José Alves de Freitas Neto, o vestibular ocorreu sem incidentes hoje. "Não tivemos nenhuma intercorrência. Nos surpreendeu a calmaria deste vestibular. Também não houve nada em relação à covid-19", disse. Hoje, a medição obrigatória de temperatura era válida para as cidades de Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).
Sobre a prova de amanhã, o diretor afirmou que a abstenção deve se manter como hoje, apesar de historicamente o segundo dia ter um número maior de desistentes. "Às vezes, no segundo dia, tem uma elevação. Porque a pessoa não foi bem, ou desistiu mesmo. Mas esperamos que esteja na média, uma questão de décimos (de diferença)", disse.
Na terça-feira (9) será aplicada a segunda prova da 2ª fase, com questões comuns a todos e questões específicas, conforme a área de conhecimento. As provas acontecem em 22 cidades do país, sendo as capitais Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Salvador e São Paulo e outras 16 cidades paulistas.
A Unicamp oferece 3.237 vagas em 69 cursos de graduação e a primeira chamada será divulgada dia 10 de março. Os convocados nesta chamada deverão efetivar a matrícula online (não presencial) no dia 15 de março pela página eletrônica da Comvest.
REDAÇÃO
Neste ano, foram duas propostas de redação pedidas pela Unicamp. A primeira era um discurso político a partir de uma assembleia estudantil que tratava da manutenção ou não de estátuas de figuras históricas polêmicas. "É um tema bastante atual, pois existe essa discussão de qual é o papel do patrimônio. Se é melhor tirar ou deixar", explicou a coordenadora acadêmica da Comvest, Marcia Mendonça.
O segundo tema proposto era um texto em formato de diário. O pedido era para que o aluno fizesse relatos de situações de risco vividas por trabalhadores durante a pandemia de covid-19. A ideia era que o texto refletisse um documento histórico do momento atual. Em ambos os casos, a Unicamp oferecia uma coletânea de textos para que os alunos tivessem apoio na elaboração da redação.