A Polícia Federal de Campinas
deflagrou na manhã de hoje (23) uma operação contra um esquema de fraudes do INSS
(Instituto Nacional de Seguro Social). Segundo a corporação, os crimes geraram a obtenção indevida de 40 benefícios previdenciários de auxílio doença, com prejuízo de aproximadamente meio milhão de reais.
Durante a manhã foi cumprido um mandado de busca e apreensão na capital, além de sequestros de valores bancários de 31 pessoas, conforme decisão da 1ª Vara Federal de Campinas.
Durante a operação, a Polícia Federal encontrou atestados médicos em branco na casa de um dos investigados. Segundo a corporação, 31 pessoas envolvidas são da região de Campinas, entre cidades como Campinas, Paulínia, Monte Mor e Sumaré. O mandado cumprido na capital seria de um alvo de Paulínia que no decorrer das investigações se mudou para São Paulo
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Segundo a PF, as investigações foram iniciadas em 2018, após apurações do próprio INSS apontar irregularidades nas concessões de alguns benefícios.
De acordo com a corporação, durante as investigações foram identificadas dezenas de pessoas empregadas que estavam simulando problemas de saúde e com suporte em documentação falsa conseguiam obter o benefício de auxílio doença previdenciário. Até o momento foram identificados 40 benefícios suspeitos (alguns investigados receberam o auxílio mais de uma vez).
A operação, nomeada de Fiscela, foi composta pela Polícia Federal e pela CGINT (Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista). Segundo a PF, o nome da operação faz referência ao fato de que funcionários do setor de recursos humanos das empresas foram ameaçados com a exigência de que ficassem calados e deixassem de prestar informações ao INSS.
Os investigados, na medida de sua culpabilidade, responderão pelos crimes de estelionato majorado, falsidade documental e ameaça, cujas penas somadas podem ultrapassar 10 anos de reclusão.