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Secretário de Saúde de Campinas diz ser contra volta às aulas presencial
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Secretário de Saúde de Campinas diz ser contra volta às aulas presencial

O secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambom, afirmou nesta quinta-feira (25) que é contra a volta às aulas presenciais na rede municipal de ensino, prevista para a próxima segunda-feira, dia 1º de março. A afirmação foi feita durante reunião na Câmara de Campinas, onde ele prestou contas sobre a situação epidemiológica da cidade e disse que que a situação "está no limite".

Segundo ele, a defesa contra a retomada das escolas é devido a alta taxa de ocupação dos leitos de covid-19 em Campinas. Nesta semana, foram abertos mais unidades - principalmente de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) -, mas a taxa continua acima de 80%.

"Eu acho que existe um problema, que é o limite de leitos nesse momento. Eu, pessoalmente, estou divergindo um pouco sobre a volta presencial. Eu defendo (isso) por conta do número de leitos. Não estamos conseguindo enxugar... a sensação que eu tenho é que estamos enxugando gelo", disse ele.

DISSEMINAÇÃO

Zambom afirmou ainda que não acredita que a volta às aulas ajude a disseminar a doença tanto quanto aglomerações em bares e eventos, mas que existe uma movimentação maior na cidade quando isso ocorre.

"Eu vou defender, apesar de não acreditar que não contribui muito, mas sempre há uma maior movimentação na cidade (com as escolas abertas). Então, (a defesa é) pela taxa de ocupação dos leitos, pela dificuldade de implantação do leito. Não é nem só pagar, mas o problema maior é implantar o leito, encontrar capital humano que faça isso", disse ele.

O secretário falou ainda que a Prefeitura está avaliando hoje a volta às aulas presenciais, que deverá ser em formato de rodízio com 50% de capacidade em cada sala de aula, além de distanciamento social entre as carteiras.


Há três dias, também na Câmara, o secretário de Educação de Campinas, José Tadeu Jorge, havia afirmado que manteria a volta presencial para o dia 1º caso Campinas esteja na fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena.

Procurada hoje, a pasta ainda não retornou o pedido da reportagem sobre um possível adiamento devido a situação epidemiológica da cidade.

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