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Hospital Metropolitano é alvo de disputa entre Prefeitura e gestores.
Divulgação/Prefeitura de Campinas
Hospital Metropolitano é alvo de disputa entre Prefeitura e gestores.

Após a Prefeitura de Campinas decretar uma requisição administrativa para a utilização do Hospital Metropolitano  no atendimento de casos de Covid-19 e já tomar posse do prédio na manhã de hoje (2), a nova gestão da unidade afirmou que vai recorrer da decisão através de uma ação judicial. 

Durante a manhã, a Prefeitura foi até o hospital que até então estava sem receber pacientes, para tomar posse no prédio- que será usado no enfrentamento da pandemia. A medida foi tomada depois da cidade atingir ontem  o maior número de internados pela doença em seis meses.

A medida gerou confusão entre os gestores, que sem serem avisados dizem ter sido surpreendidos. A Guarda Municipal foi acionada para ocupar o prédio e os funcionários do hospital foram impedidos de entrar.

Em nota, a nova direção do hospital citou a posse como "invasão" e disse que a medida "fere o direito à propriedade privada e gera transtornos ainda maiores à população de Campinas". 

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O hospital diz que em nenhum momento foi notificado sobre o processo por parte da prefeitura e que o espaço se encontrava fechado para reparos e revitalização e sanitização para reabertura. Em entrevista à EPTV um dos engenheiros responsável pela obra disse ainda que o prédio tem falhas estruturais na rede de gás, que caso não sejam sanadas podem causar até mesmo risco de explosões. 

Previsto para reabrir ainda nesta semana, o hospital teria o nome mudado para "Hospital Wakanda",com proposta de suporte e especialização à população negra diante da covid-19. Em nota oficial, a Administração da nova gestão, incitou que a ocupação da prefeitura seria "clandestina".

"Vale ressaltar que existem projetos de lei atuais que tramitam na Câmara dos Deputados que tipificam como crime a conduta do atual prefeito, incitando a invasão ou permanência "astuciosa ou clandestina" em hospitais, sobretudo em meio à pandemia, com possibilidade de pena e detenção de três a seis meses de reclusão" diz o texto, citando que a medida não seria social.

"A invasão promovida na manhã desta terça-feira, com presença de agentes da guarda municipal, muitos, inclusive, sem máscara de proteção, é um ato político e não social e atrasa a abertura do local em pelo menos mais uma semana, dada a necessidade de reparos para ação de vandalismo promovida" acrescenta. 


Procurada para comentar sobre a ação, a Prefeitura de Campinas disse apenas que todos os detalhes sobre a medida adotada hoje será fornecidos pelo prefeito Dário Saadi durante transmissão ao vivo. A coletiva está prevista para às 15h. 

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