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Morte de estudante de 13 anos em Campinas ocorreu por síndrome pós-covid
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Morte de estudante de 13 anos em Campinas ocorreu por síndrome pós-covid

O Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) confirmou nesta quarta-feira (3) que a morte de uma estudante de 13 anos , de Campinas , ocorreu após ela ter sido infectada por Covid-19 . Em nota oficial, a Prefeitura informou que o óbito "se deu em decorrência de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica pós covid-19 , ou seja, em decorrência do coronavírus".

O caso estava sendo investigado desde o dia 26 de fevereiro, um dia após Ana Clara Macedo Santos ser enterrada em Campinas. A morte dela repercutiu nas redes sociais após um post de uma professora da escola estadual onde ela estudava viralizar.

A mensagem afirmava que a menina havia morrido de covid-19 após o retorno das aulas na rede estadual, criticada pela professora por conta do aumento de casos. A adolescente era estudante da Escola Estadual Escritora Rachel de Queiroz, no Jardim Yeda.

Na época, o Devisa informou que dois testes do tipo PCR feito por Ana Clara tiveram resultado negativo, mas que continuaria a investigação para confirmar a causa do óbito.

Na semana passada a diretora do Departamento, Andrea von Zuben, afirmou que o caso estava sob investigação pois poderia existir uma contaminação residencial. Ela disse que uma transmissão na sala de aula não era considerada. "Ela foi um dia na escola. Não estamos atribuindo à escola. Tudo parece ser um tipo de contaminação residencial", disse ela no último dia 26.

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Com a conclusão da investigação, este agora é o primeiro desta síndrome identificado em Campinas desde o começo da pandemia.

A FAMÍLIA

O pai de Ana Clara, Paulo César dos Santos, de 50 anos, afirmou que não culpa a escola do ocorrido, mas que também não descarta a possibilidade de ela ter se contaminado no local.

"Não acreditamos que ela tenha pegado na escola, mas não descartamos a possiblidade. Ela estava em sala de aula apenas um dia. Mas não culpamos ninguém", disse.


Ele disse ainda que a filha não teve sintomas de covid-19 e que a levou no hospital por conta de uma cólica. "No decorrer dos dias que ela ficou internada, (o quadro) foi se agravando por conta do coronavírus", disse.

O pai disse também que um médico já havia atestado a infecção pela nova doença, mas que a investigação foi necessária por ser um caso raro, devido a idade da menina.

O QUE É O DIAGNÓSTICO

Segundo a Prefeitura, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica pós covid-19 caracteriza-se por inflamações da parede dos vasos sanguíneos de órgãos como rins, articulações, sistema nervoso central e vias respiratórias.

O diagnóstico baseia-se na presença de sinais e sintomas clínicos inespecíficos que devem ser avaliados dentro do contexto epidemiológico e excluída outras causas.

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