Uma professora da rede estadual de Campinas conseguiu uma liminar na Justiça que determina que ela continue trabalhando de forma remota mesmo com o retorno das aulas presenciais . A educadora argumentou que tem uma comorbidade que pode tornar a contágio por coronavírus mais fácil.
A professora, que tem 51 anos, é portadora de trombocitopenia - uma doença na medula óssea que passa a produzir quantidades insuficientes de plaquetas ou quando plaquetas demais são destruídas.
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Por conta da fase vermelha, Campinas suspendeu aulas presenciais em qualquer escola da cidade - seja pública ou privada. Mas quando a cidade mudar essa classificação, as atividades presenciais retornarão.
Na sentença, o relator Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público, afirmou que a liminar foi concedida por motivos de segurança.
"Desta forma, entendo por bem conceder o efeito suspensivo e a tutela de urgência para que, por ora, permaneça em trabalho remoto, até que seja realizada perícia técnica que possa esclarecer se a agravante deve permanecer em teletrabalho ou poderá retomar as atividades como docente de forma presencial", informou.
Segundo o advogada da professora, Gustavo Paviotti, ela vai continuar trabalhando de forma remota. "Com essa liminar, mesmo mudando a fase vermelha, ela está protegida por uma ordem judicial e não deve voltar", disse.
Procurada, a Secretaria de Educação informou que vai conseguir responder a demanda somente na manhã desta terça-feira (9).