Campinas segue com 100 pacientes em fila de espera de leitos covid
Reprodução: ACidade ON
Campinas segue com 100 pacientes em fila de espera de leitos covid

A Prefeitura de Campinas informou hoje (12) que segue com 100 pacientes na fila de espera para leitos Covid-19 . Desse total, 50 aguardam por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e a outra metade por leitos de enfermaria. O número é o mesmo da última quarta-feira, mas há dois dias a maior parte dos pacientes aguardavam por leito de UTI (70 deles).

A informação foi passada pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos), durante live na tarde desta sexta-feira. Ele ainda afirmou que esses pacientes estão em leitos de retaguarda e distribuídos nos hospitais Mário Gatti, Ouro Verde e Metropolitano e nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Padre Anchieta e Carlos Lourenço.

"Eles estão com atendimento adequado, mas não em lugares específicos de covid. Esse quadro (da rede de saúde) se mantém muito pressionado. Como foi anunciado há dois dias", afirmou. 

MAIS LEITOS

Por conta da pressão na rede pública - inclusive hoje não há leito no SUS municipal para pacientes com covid-19 e há apenas um leito no HC (Hospital de Clínicas), da Unicamp -, a Prefeitura de Campinas anunciou um pacote de abertura de leitos de UTI e enfermaria para a próxima semana.

Com isso, a perspectiva é que haverá 160 leitos de UTI - número maior que operou no ano passado, no auge da pandemia entre junho e julho. Na época, eram 150 unidades com respiradores disponíveis.


De acordo com o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, entre os novos leitos, 113 estarão na rede como um todo. Já os contratados na rede particular pelo município serão 47. Essa expansão, no entanto, está atingindo o limite de espaço físico e também capital humano.

"Acreditamos que para controlar a pandemia e evitar o colapso no atendimento precisamos que a população colabore. Muita gente tem relatado, que o paciente, maioria idoso, pegou a doença de algum parente que foi em alguma festa. A maioria tem histórico de familiar, de jovem, que foi em balada e festa, não usou máscara e aglomerou", disse o prefeito.

FALSA ILUSÃO

Sobre a situação, a diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea von Zuben, afirmou que é preciso entender que apesar da abertura de leitos, a possibilidade de internação não significa que está tudo bem. "Vale lembrar que dois terços dos entubados vão à óbitos. E sem contar as sequelas. Essa coisa de basta ter leito que está resolvido é uma falsa ilusão", disse ela.

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