Policiais durante fiscalização nas ruas Campinas.
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas.
Policiais durante fiscalização nas ruas Campinas.

O toque de recolher anunciado ontem (16) pela Prefeitura de Campinas pretende restringir ainda mais a quarentena contra a Covid-19 na cidade, após o colapso da rede de saúde. A intenção na prática é retirar a população da rua a partir das 20h até as 5h, com abordagens policiais e fechamento de mercados - que até então podiam funcionar sem restrição de horário.

A nova medida começa amanhã e vale até o dia 30 de março, quando a fase emergencial no estado de São Paulo também vigora. O toque de recolher foi adotado, segundo o prefeito Dário Saadi, devido a "situação dramática" que a cidade passa. Ontem, o SUS municipal não tinha leitos para pacientes covid.

VEJA MUDANÇAS: 

- Supermercados, padarias e lojas de conveniência: fecham às 20h;
- Drive thru: serviço é suspenso às 20h para todas as atividades;
- Abordagem de pessoas após às 20h: fiscalização feita pela Polícia Militar e Guarda Municipal. Será necessário explicar motivo de estar na rua e ação, a princípio, será educativa;
- Multa para responsáveis de festas clandestinas ou reuniões familiares com mais de 10 pessoas: valor dobra e será de R$ 2,9 mil;
- Lacração imediata e multa de R$ 2,9 mil para estabelecimentos comerciais que estiverem funcionando fora das regras da fase emergencial ou do toque recolher;
- Uso de câmeras do sistema de monitoramento e leitores de placas de veículos para realizar bloqueios da PM e GM; 

O QUE PODE FUNCIONAR

- Delivery: podem funcionar sem limite de horário;
- Farmácias: sem restrições de horário;
- Táxis e motoristas de aplicativo: podem trabalhar mantendo medidas de segurança; 

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LOCKDOWN

O toque de recolher foi adotado pela Prefeitura de Campinas como a última medida antes de um lockdown, já proposto para as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). Na sexta-feira (19), uma nova reunião deve decidir se a região de Campinas adotará a medida mais dura de quarentena. 

Segundo Dário, isso ainda não foi feito pois a cidade vai analisar alguns pontos importantes, incluindo o transporte público. Em lockdown, os coletivos não poderiam funcionar e não é permitido a circulação de pessoas em nenhum momento do dia. 


No entanto, o prefeito de Campinas explicou que muitos profissionais de saúde - incluindo aquelas que atuam na linha de frente de covid-19 - e também os idosos que estão sendo vacinados contra a covid-19 utilizam o meio de transporte público. 

"As cidades da RMC pediram esses três dias então para avaliar a evolução dos dados (da fase emergencial. Não vamos adotar no momento o lockdon, mas também não vamos ficar aguardando mais tempo para tomar medidas que o comitê julgou necessário", afirmou o prefeito de Campinas.

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