Cerca de 100 motoristas de aplicativo realizaram, nesta quarta-feira (17), um protesto em Campinas por melhores valores nas viagens, mais segurança e contra o aumento do preço de combustível. A manifestação teve início às 10h30 no bairro Santa Genebra e seguiu para a região central da cidade.
A ação foi acompanhada por agentes de trânsito da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) e Polícia Militar. O motociclista Rodrigo Paiva conta que já chegou ao ponto de pagar para trabalhar.
"Hoje estamos reivindicando melhores tarifas e mais segurança. Não estamos mais conseguindo trabalhar e ganhar o nosso dinheiro para sustentar a nossa família, para pagar financiamento de veículo, locação de carro. Hoje as empresas Uber e 99 estão cobrando muito dos motoristas. O valor para o passageiro continua o mesmo, mas para nós foi diminuído. Na maioria das vezes o motorista paga para trabalhar", disse.
OUTRO LADO
Procurada, a Uber respondeu que oferece uma série de benefícios para os motoristas, que envolvem segurança e preço das corridas. Disse ainda que a empresa sofre com a queda de passageiros.
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"Há confusão entre os motoristas parceiros sobre o valor da taxa porque em algumas viagens ele pode aumentar enquanto, em outras, pode diminuir. É por isso que todos os motoristas parceiros ativos recebem toda semana, por email, um compilado sobre os seus ganhos. Nesse email, é possível conferir quanto ele pagou de taxa Uber naquela semana".
Sobre o preço dos combustíveis, a Uber respondeu "foge ao nosso controle, mas entendemos a insatisfação e trabalhamos para ajudar os parceiros a reduzir gastos fixos. Por meio do nosso programa de vantagens para parceiros, o Uber Pro, buscamos parcerias como a do posto Ipiranga, que devolve aos parceiros da Uber 4% de todo valor pago em combustíveis usando o app Abastece Aí".
Sobre o pedido dos motoristas por mais segurança, a empresa disse que possui ferramentas de segurança para os motoristas antes, durante e depois de uma viagem. Dentre elas checagem de documentos, localização em tempo real e possibilidade de gravação de áudio e vídeo da viagem.
A empresa 99 também foi procurada, mas, até o fechamento desta reportagem, não havia dado retorno.