O Ministério da Saúde determinou que uma empresa da região de Campinas entregue todos os medicamentos usados na intubação de pacientes para ajudar no enfrentamento à pandemia.
O pedido de requisição administrativa foi enviado ao laboratório Cristália, que tem um complexo farmacêutico em Itapira, planta farmacêutica em Cosmópolis, além de um escritório em Campinas.
Em nota, a empresa confirmou o pedido, afirmando que o pedido veio para os medicamentos usados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). Em toda a região e no país, o cenário é de lotação nos leitos para pacientes em estado crítico.
De acordo com a empresa, os remédios estão interditados e deixados a disposição. Em nota, o laboratório disse que desde o começo da pandemia quadriplicou a produção para atender mais de 4 mil hospitais públicos e particulares do país.
"Neste momento de aumento cada vez mais expressivo da demanda, o Cristália reitera seu compromisso de empreender todos os esforços possíveis na produção e fornecimento não apenas dos medicamentos utilizados no tratamento da covid-19" disse a empresa.
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Na região, a requisição administrativa já foi uma medida usada também pela Prefeitura de Campinas, que tomou posse temporariamente do Hospital Metropolitano após pico de internações.
Procurado, o Ministério da Saúde ainda não deu mais detalhes sobre a solicitação. A medida, é prevista na Constitução e aplicada em casos de calamidade pública, sendo que o governo pode usar temporariamente bens privados, com possibilidade de indenização posterior.
PEDIDOS
Na última quarta-feira, o Ministério fez uma requisição administrativa de 665,5 mil medicamentos para intubação durante um período de 15 dias. No dia seguinte, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que representantes se reuniram com integrantes do setor de hospitais provados e com a Associação Médica Brasileira, e afirmou vai adotar medidas para que os insumos cheguem aos hospitais sem prejuízo para a eficácia.