A partir desta sexta-feira (26), a cidade de Campinas , junto com outras 19 da RMC (Região Metropolitana de Campinas) , iniciarão as barreiras sanitárias para evitar a circulação de turistas da capital na região.
Isso porquê São Paulo decretou um feriadão antecipado a partir deste final de semana até o dia 4 de abril, o que preocupou os municípios da região por conta da preocupação do aumento na circulação de pessoas que possam vir para o Interior e a disseminação de covid-19. Vale destacar que Campinas não antecipou feriados (leia mais aqui).
Essas barreiras sanitárias serão montadas nas principais entradas dos municípios, feitas pela Guarda Municipal e com apoio da Polícia Militar e das Vigilâncias Sanitárias das cidades. A ideia é orientar o motorista sobre a gravidade da pandemia e pedir a ele que retorne à sua residência de origem.
As forças policiais também aplicarão um questionário ao turista para que ele justifique sua viagem e o foco da abordagem será em carros com placas de São Paulo e da grande São Paulo. Vale lembrar que o feriadão ocorrerá somente na capital.
OUTRAS BARREIRAS
Uma medida semelhante à essa barreira sanitária regional já havia sido adotada em Campinas em maio do ano passado, quando bloqueios viários foram feitos em avenidas como Heitor Penteado. Na época, a intenção era ampliar o índice de isolamento que, segundo as autoridades em saúde, é a forma mais eficaz de evitar a transmissão.
Atualmente, a situação se agravou e os hospitais públicos e privados têm sentido uma grande pressão por conta do aumento de casos de coronavírus. Isso traz, consequentemente, um maior número de internações. Em Campinas, ontem, por exemplo, o índice de ocupação da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) geral para covid era de 97,17%.
NA REGIÃO
Na região, a situação é semelhante e os prefeitos estão preocupados com a circulação maior durante o feriado. Assim como em Campinas, as barreiras serão colocadas todos os dias em pontos estratégicos, que não serão divulgados previamente para garantir a eficácia da medida.
"O objetivo é conscientizar as pessoas. Quem for parado será questionado pelo motivo de estar ali. Se não for algo essencial, vamos orientar para que retornem as suas cidades de origem", comentou o prefeito de Paulínia, Du Cazellato. A medida, segundo o acordo feito entre os prefeitos, não impedirá o direito de ir e vir da população e também não afetará a circulação de ônibus intermunicipais.
MAIS MEDIDAS
Além das barreiras sanitárias, Campinas adota a partir de hoje restrições mais severas na fase emergencial do Plano São Paulo. Entre elas está a proibição do drive-thru para comércios não alimentícios e a restrição de apenas uma pessoa por família em padarias e supermercados.
A Administração também determinou o atendimento apenas em casos de urgência e emergência de clínicas veterinárias e pet shops, serviços de manutenção predial e assistência técnica de equipamentos, além do fechamento de concessionárias e lojas de vendas de veículos.