A Prefeitura de Campinas confirmou, na tarde desta quarta-feira (31), que a variante brasileira P1 , com mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos, já está circulando na cidade.
O Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) encontrou a variante em quatro pacientes.
A P1 foi isolada em quatro pacientes de Campinas. Os pacientes confirmados com a P1 foram atendidos pelo Cecom (Centro de Saúde da Comunidade) da Unicamp e por outros serviços da cidade e todos estão curados. São dois homens e duas mulheres de três regiões da cidade e com idades entre 28 e 69 anos.
A suspeita de que a variante estivesse em circulação em Campinas surgiu em meados de fevereiro , em função do aumento de novos casos da doença e de internações.
Você viu?
A Prefeitura pediu apoio para a Unicamp para realizar o sequenciamento genético que busca a identificação da circulação da nova cepa do coronavírus na cidade.
PACIENTES
Um homem, de 55 anos, morador na região Norte da cidade, apresentou os primeiros sintomas da covid-19 em 25 de janeiro. Outro homem, de 69 anos, da região Sul, teve os sintomas iniciais em 27 de janeiro; uma mulher de 34 anos, da região Leste, apresentou sintomas em 31 de janeiro e outra mulher, de 28 anos, da região Norte, teve os sintomas em 10 de fevereiro.
A confirmação de que a variante, identificada pela primeira vez no início de janeiro, em Manaus, está circulando em Campinas mostra a necessidade de a população aumentar os cuidados sanitários.
"É uma variante mais transmissível e por isso os cuidados da população, como isolamento, uso de máscara, lavagem das mãos e distanciamento devem ser mais rigorosos", afirmou a diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea von Zuben.
PRIMEIRO CASO
O primeiro caso de P1 em Campinas foi confirmado em fevereiro, em uma mulher de 78 anos, que chegou à cidade em 14 de janeiro, num voo direto de Manaus. Ela desembarcou já com os sintomas da Covid-19 e foi levada para uma unidade de saúde e depois internada em hospital da rede privada, onde permaneceu até 25 de janeiro.
Os passageiros que estavam próximos a ela no voo, assim como suas duas filhas, foram monitorados.