A Maternidade de Campinas confirmou na tarde desta quinta-feira (1º) a morte da segunda puérpera no hospital por Covid-19 . A mulher, de 30 anos, faleceu ontem (31), às 22h15. A mulher estava internada desde o dia 26 de março na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e teve o bebê no mesmo dia. O recém-nascido teve alta do hospital no dia 29.
De acordo com o hospital, há hoje no local duas internações não covid na UTI adulto. Outras quatro pacientes que estavam até ontem na UTI covid foram transferidas para a enfermaria, em isolamento, mas ainda requerem observação e cuidados específicos.
Na internação em enfermaria de isolamento são 11 pacientes, das quais três puérperas e quatro gestantes confirmadas para covid-19, e duas puérperas e duas gestantes com suspeita da doença.
Na UTI Neonatal estão internados cinco recém-nascidos, dos quais quatro com confirmação para a Covid e um com suspeita, todos provenientes dessas mães que internadas nesse período. Nesta semana, a Maternidade chegou a ter 100% de ocupação.
OUTRAS MORTES
Na semana passada, uma mulher de 28 anos, com diabetes, morreu na Maternidade com coronavírus. O bebê dessa vítima continua internado na UTI Neonatal, mas evoluiu bem nos últimos dias. De março a dezembro, 126 gestantes apresentaram suspeitas de coronavírus, sendo que 52 testaram positivo, segundo o hospital. Por mês, a Maternidade realiza cerca de 850 partos.
De acordo com o Devisa (Departamento de Vigilância de Campinas), há uma terceira morte de gestante que havia acabado de fazer o parto com covid na cidade, mas a prefeitura não revelou em qual hospital o óbito foi registrado.
VARIANTE
"Essa mudança de cenário ocorreu por conta da variante de Manaus. É mais virulenta, mais agressiva, e tem uma taxa de transmissibilidade muito mais alta. Pelo menos o dobro em relação à primeira onda", disse o presidente da Maternidade Marcos Miele.
O presidente explicou que toda vez que uma gestante acaba evoluindo para uma insuficiência respiratória, o parto é realizado - muitas vezes de forma prematura - para preservar a vida da mãe e do bebê. "Por isso esses recém-nascidos estão na UTI. Neste ano, é o pior momento para nós da pandemia", afirmou.