Campinas registrou mortes de pessoas que foram vacinadas, mas não tiveram tempo de desenvolver anticorpos.
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Campinas registrou mortes de pessoas que foram vacinadas, mas não tiveram tempo de desenvolver anticorpos.

A Prefeitura de Campinas registrou a morte de 87 moradores da cidade por covid-19 mesmo após eles terem sido vacinados contra a doença. As mortes ocorreram porque eles não tiveram tempo de criarem anticorpos contra a doença, segundo a Saúde. Vale destacar que a imunização só fica completa de duas a três semanas após o indivíduo receber a segunda dose da vacina.

Segundo o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), as vítimas de Campinas se contaminaram em duas possíveis situações: ou entre a primeira e a segunda dose do imunizante, ou no período de 15 dias após o reforço. 

Segundo a Administração, todas as vítimas tinham mais de 68 anos. Do total, 36 mulheres tinham tomado apenas uma dose e nove tinham tomado as duas. Dos homens, 36 tinham tomado a primeira dose e seis, as duas doses do imunizante. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde de Campinas.

De acordo com a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, o levantamento foi feito através de um cruzamento do sistema VaciVida com o sistema de internação de coronavírus da cidade. "Cruzamos para ver se as datas eram compatíveis com uma falha vacinal. Porque se a pessoa estivesse protegida não deveria ter ido a óbito. Mas não foi isso que ocorreu", disse.

Devido a isso, é preciso manter os cuidados exigidos para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, entre eles o distanciamento social, o uso de máscara de proteção e o uso do álcool em gel mesmo após a vacinação.

RECUSARAM

Além disso, houve também óbitos de 20 idosos que não tinham sido vacinados com a segunda dose. Desse grupo, cinco não tomaram por recusa (própria ou de familiar) e 15 estavam hospitalizados por outras questões de saúde.


Até a última sexta-feira (9), 146.177 idosos, profissionais de saúde e segurança foram vacinados com a primeira dose. A segunda dose do imunizante foi dada a 67.571 moradores. E, segundo o boletim epidemiológico divulgado na sexta-feira, o município tem, desde março de 2020, 2.618 óbitos e 84.695 moradores infectados.

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