Com 100% de lotação na enfermaria, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Campinas
suspendeu o atendimento uma vez que só tem medicamentos de intubação
para os pacientes já internados. A informação foi confirmada nesta terça-feira (13) pela Secretaria Estadual de Saúde. O AME voltou a ser exclusivo para a covid-19 no dia 25 de março e recebe moradores de toda a região de Campinas.
De acordo com a pasta, a suspensão é por prazo indeterminado. A unidade registrou ontem (12) ocupação de 100% na enfermaria e 72% em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em nota oficial, a unidade disse que "a utilização dos remédios varia conforme perfil do paciente e indicação médica".
Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde disse que "busca medidas para abastecer a rede e disponibilizou aos hospitais estaduais e municipais a possibilidade de adesão para compra internacional de medicamentos para intubação".
Segundo a pasta, "trata-se de mais uma alternativa buscada pela pasta para auxiliar no abastecimento da rede e garantir remédios para os pacientes internados com quadro grave de covid-19".
COBRANÇA
A nota diz também que "a Secretaria também tem cobrado continuamente o Governo Federal, por meio de ofícios e reuniões, com o objetivo de auxiliar os serviços de SP. No entanto, a última entrega foi liberada no final de março, totalizando 215.313 ampolas de neurobloqueadores e anestésicos, o que corresponde a apenas 6% do que é preciso para atender a demanda mensal da rede pública de saúde do Estado, de 3,5 milhões de ampolas".
Essa quantidade fornecida "segue aquém do que o próprio Ministério da Saúde havia sinalizado, de 258.874 ampolas". A Saúde explicou que isso "também representa somente 7% da demanda mensal do SUS de SP, o que denota a criticidade do abastecimento atual".
A Secretaria disse que sugeriu ao Ministério a realização de acordos com farmacêuticas, aquisição estratégica internacional, monitoramento diário da demanda e pleiteou a ampliação da disponibilidade de compra por ata federal, até então restrita a 60 dias de consumo, uma vez que ainda na primeira quinzena de março o saldo proporcional do Estado se esgotou. A pasta reiterou "a importância de providências para que o SUS consiga manter a assistência à população".