Ouro Verde: filho do dono do Grupo RAC nega acusações de corrupção
Reprodução: ACidade ON
Ouro Verde: filho do dono do Grupo RAC nega acusações de corrupção

O médico e empresário Gustavo Khattar de Godoy , acusado de participar um esquema que desviou verbas públicas do Hospital Ouro Verde , prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (23). O réu negou todas as acusações.

Gustavo era o responsável pelos exames de radiologia do Hospital Ouro Verde. De acordo com a investigação da Promotoria, ele assumiu o serviço de imagem do hospital, "quarteirizou" o trabalho e superfaturava os exames.

Uma mamografia, por exemplo, custava R$ 13,50. No entanto, a empresa recebia da Prefeitura de Campinas a quantia de R$ 25. A diferença, segundo as investigações, era dividida entre Gustavo (50%) e diretores da Organização Social Vitale, que era responsável pela administração do Hospital Ouro Verde.

"Ele negou e esclareceu que o valor que ele recebia era um valor normal. Evidenciou também com dados objetivos que não havia superfaturamento nos laudos. Era um valor que correspondia a tabela SUS. Foi um depoimento muito importante", afirmou Ralph Tórtima Stettinger Filho, advogado de Gustavo.

Além disso, segundo a defesa, nunca houve pedido para que Gustavo fosse empregado no hospital. "Ele trabalhava em outro hospital com uma remuneração muito boa. Então nunca houve solicitação para que o Gustavo exercesse a atividade de radiologia no Hospital Ouro Verde", continuou.

Em 2018, o médico chegou a ser preso , mas já está solto. Ele é filho do do empresário Sylvino de Godoy, proprietário do Grupo RAC, que também teve mandado de prisão expedido. Porém, Sylvino passou mal e foi hospitalizado. Neste período conseguiu um habeas corpus e não chegou a ir para a prisão.

O CASO

A operação Ouro Verde foi deflagrada em 2017, tendo quatro fases. A primeira teve como denunciados Aparecida de Fátima Bertoncello, conhecida como "TATA", Daniel Augusto Gonsales Câmara, Fernando Vítor Torres Nogueira Franco, conhecido como "VITÃO", Paulo Roberto Segatelli Câmara, conhecido como "PC", Ronaldo Foloni e Ronaldo Pasquarelli, como os responsáveis formais e de fato pela Vitale. O grupo, diz o MP, agia visando lucro e com o objetivo de distribuir, entre si, o patrimônio recebido mediante o repasse de recursos públicos.

Em março de 2018, ocorreu a segunda fase da operação quando agentes públicos foram presos. Eles atuavam no Departamento de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.


A terceira fase da operação ocorreu em novembro de 2018, quando foram presos o ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Silvio Bernardin, ex-diretores da Vitale, fornecedores e empresários.

Já a quarta fase teve como alvos a Prefeitura de Várzea Paulista.

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