O promotor da Vara da Infância e Juventude, Rodrigo Augusto de Oliveira, vai apurar um episódio de discriminação contra um aluno de 11 anos que foi criticado no grupo de WhatsApp da escola após ter sugerido um trabalho com tema LGBT na Escola Estadual Aníbal de Freitas, em Campinas.
De acordo com a família da criança, assim que mandou a mensagem, o garoto foi atacado por pais de alunos e até mesmo funcionários da escola que disseram que a ideia era "absurda".
Segundo informou o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), a unidade recebeu prazo de cinco dias para esclarecer o episódio.
"Oliveira cita o artigo 5º da Constituição Federal, que estabelece como livres a manifestação do pensamento e a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença", diz a nota do MP-SP.
PROTESTOS
A escola amanheceu com paredes e fachada cobertas por cartazes de protesto contra a ação da unidade de ensino.
Os cartazes, pedindo respeito, foram colocados por manifestantes em frente à fachada da escola, que fica no Jardim Guanabara.
DESCULPAS
No final da tarde, a escola divulgou um pedido de desculpas. Além do pedido de desculpas, a Secretaria Estadual de Educação informou que vai promover uma série de eventos para discutir preconceitos.