Desembarcou nesta sexta-feira (25), no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas,
mais de dois milhões de doses da vacinas da Janssen contra a Covid-19
doadas pelo governo dos Estados Unidos.
O avião pousou às 9h37. A chegada foi acompanhada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e um representante da embaixada norte-americana.
Ao todo, serão três milhões de doses doadas ao Brasil. A previsão era que a carga inteira chegasse hoje, no entanto, o avião que desembarcou nesta sexta trouxe 2,05 milhões de doses. Outras 942 mil estão previstas para chegar na manhã deste sábado (26), também por Viracopos.
A doação das doses pelos EUA ao Brasil é a maior já feita pelo governo americano a qualquer país até agora, e faz parte das primeiras 80 milhões de doses que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu doar a outros países. Essa remessa, no valor de R$ 165 milhões, representa a imunização de três milhões de brasileiros por ser uma vacina de dose única.
O Ministério da Saúde ainda deve definir como será a distribuição das doses. Apesar das vacinas chegarem por Campinas, ainda não há estimativa de quantas doses a cidade vai receber, e nem quando a remessa destinada ao município será entregue. A definição de doses por munícipio é definida pelo governo estadual.
A vacina da Janssen é a primeira a ser aplicada em dose única no país. Além das doses recebidas por doação hoje, um contrato do Governo Federal com a farmacêutica prevê a entrega de 38 milhões de doses do imunizante da Janssen até o fim do ano.
Ontem (24) chegaram ao país 300 mil unidades contratadas, que vieram através do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Na terça-feira (22), 1,5 milhão de doses foram recebidas também em Guarulhos, sendo a primeira remessa enviada pela Janssen/Johnson & Johnson.
No Brasil, a vacina da Janssen está autorizada para uso emergencial desde 31 de março de 2021. A vacina também já foi autorizada em mais de 40 países e faz parte da lista de 7 imunizantes aprovados para uso pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
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EFICÁCIA E COMO FUNCIONA
Segundo a OMS, o imunizante apresenta alta eficácia na prevenção de hospitalização e morte pela Covid-19. Uma dose única da vacina tem eficácia global (que reúne dados de todos os estudos clínicos) de 66,9% contra infecções sintomáticas, de 76,7% contra doença grave e morte após 14 dias e de 85,4% após 28 dias de imunização.
O imunizante utiliza a tecnologia de vetor viral, um vírus enfraquecido que transporta os genes virais para dentro das células, estimulando a resposta imunológica. A mesma metodologia, considerada de 3ª geração, é utilizada nos imunizantes Oxford/AstraZeneca e Sputnik V.
TESTES
A vacina da Janssen contou com testes clínicos no Brasil, sendo que Campinas foi uma das cidades brasileiras que contou com voluntários.
Em Campinas, a vacina foi testada em 417 pessoas, com estudos realizados no Hospital da PUC. Na cidade, o estudo de fase 3 foi encerrado no dia 9 de dezembro. Do total de vacinados em Campinas, 35% tinha mais de 60 anos. Ao todo, no Brasil, 7.560 pessoas participaram dos ensaios.