Golpe em conta da Prefeitura de Campinas foi feito em 60 TEDs e PIX.
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Golpe em conta da Prefeitura de Campinas foi feito em 60 TEDs e PIX.

A Prefeitura de Campinas divulgou na tarde desta quinta-feira (1º) que recuperou R$ 1 milhão dos R$ 7,4 milhões que havia perdido em um golpe após 60 transações bancárias fraudulentas na última sexta-feira (25) (leia mais abaixo). O valor de R$ 1 milhão foi devolvido ontem (30).

Além disso, a Administração disse que entrou com uma ação indenizatória contra o Banco do Brasil para a devolução imediata do restante do valor (R$ 6,4 milhões) transferidos indevidamente.

O processo contra o banco foi distribuído na 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas. Na ação, a Administração também requer que, ao final do processo, o município seja ressarcido dos prejuízos causados, como a perda de rendimento diário do valor transferido indevidamente da conta.

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O dinheiro recuperado foi devolvido pelo próprio destinatário do TED (Transferência Eletrônica Disponível). De acordo com a Prefeitura, o valor, que estava em uma conta da Secretaria de Finanças, foi retirado em 60 transferências de TED e PIX, por meio de uma transação fraudulenta . Tanto a Prefeitura como a Polícia Civil investigam o caso.

Segundo o secretário de Finanças de Campinas, Aurílio Caiado, o dinheiro é parte de uma reserva da Prefeitura e não afetará os pagamentos futuros. No total, foram 64 transferências feitas, mas o valor voltou aos cofres públicos em quatro delas.

INVESTIGAÇÕES

Além do inquérito da Polícia Civil, a Prefeitura também abriu sindicância para apurar, em 90 dias, possível responsabilidade de servidores. Segundo a Administração, o valor foi retirado e transferido para dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas.  

O nome dos envolvidos não foi divulgado. Essa fraude foi identificada por dois funcionários da pasta de Finanças. Ambos são concursados e têm 20 anos de serviço na Prefeitura.


OUTRO LADO

O Banco do Brasil foi procurado pela reportagem para comentar o caso e a ação na Justiça. Essa matéria será atualizada assim que isso ocorrer. Em nota anterior, a instituição disse não ter identificado uma invasão no sistema, mas que "vai analisar as movimentações financeiras por meio de processo interno para definir responsabilidades das partes envolvidas".

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