A Secretaria de Saúde de Campinas começa nesta segunda-feira (5) a aplicar a vacina contra a covid-19 da Janssen em grupos vulneráveis .
Como o imunizante é aplicado em dose única, foram escolhidas pessoas que têm dificuldade em voltar para receber a segunda dose da vacina, como as que vivem em situação de rua, pacientes dos Caps (pacientes psiquiátricos em tratamento), moradores de comunidades terapêuticas (que tratam dependência química), moradores de ocupação e profissionais do sexo.
Desde o dia 28 de junho, a Prefeitura tinha confirmado o recebimento de 8,8 mil doses do imunizante e indicado que a vacina da farmacêutica americana seria aplicada em grupos de maior vulnerabilidade. Até então, no entanto, ainda a Saúde ainda não havia iniciado a vacinação.
"É uma população que tem mais dificuldade de retorno. São pacientes que têm doença psiquiátrica que são atendidos nos Caps, por exemplo. São pessoas que estão em tratamento e as pessoas que estão em vulnerabilidade social. Essa é a nossa intenção", disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos) durante o anúncio.
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COMO VAI SER
Segundo a Saúde, a população que vive em situação de rua e os profissionais do sexo serão os primeiros a receber a dose. Depois de encerrada a imunização, os pacientes dos Caps serão vacinados. O esquema de vacinação nas áreas de ocupação e nos centros comunitários está sendo finalizado pelos distritos.
A ações estão sendo organizadas pelo Departamento de Saúde, por meio do Consultório na Rua e Centros de Saúde, e pelo Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde)
O uso da vacina da Janssen na população vulnerável também foi adotado na cidade de São Paulo, que reservou o imunizante para vacinar a população de rua acima de 18 anos. O imunizante foi o primeiro a ser aprovado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com regime de imunização de uma dose.
EFICÁCIA E COMO FUNCIONA
Segundo a OMS, o imunizante apresenta alta eficácia na prevenção de hospitalização e morte pela Covid-19. Uma dose única da vacina tem eficácia global (que reúne dados de todos os estudos clínicos) de 66,9% contra infecções sintomáticas, de 76,7% contra doença grave e morte após 14 dias e de 85,4% após 28 dias de imunização.
O imunizante utiliza a tecnologia de vetor viral, um vírus enfraquecido que transporta os genes virais para dentro das células, estimulando a resposta imunológica. A mesma metodologia, considerada de 3ª geração, é utilizada nos imunizantes Oxford/AstraZeneca e Sputnik V.