Andrea von Zuben, diretora do Devisa.
Manoel de Brito/Prefeitura de Campinas
Andrea von Zuben, diretora do Devisa.

A diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, Andrea von Zuben, afirmou nesta segunda-feira (19) que a variante Delta da covid-19 - considerada mais letal - está circulando na cidade. A afirmação foi feita durante live na tarde de hoje com anúncios sobre a pandemia na cidade.

De acordo com von Zuben, ainda não há uma resposta oficial do Instituto Adolfo Lutz sobre exames encaminhados de moradores confirmando a cepa indiana. No entanto, como houve a identificação da variante em São Paulo - e inclusive existe a possibilidade de transmissão comunitária na capital -, a chance de ela estar circulando em Campinas é grande.

"É bem possível que esteja circulando. Algumas amostras são enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, mas não tivemos resposta ainda da variante Delta. Mas, acreditamos que está circulando por conta da vigilância genômica - que é procurar a variante entre os PCRs positivos. Como foi achado no município de São Paulo, muito provavelmente vamos achar em Campinas", explicou ela.

Andrea afirmou ainda que a predominância atual de infecções em Campinas é a da P.1. Essa variante foi detectada no final de março deste ano pela Unicamp, quando quatro pacientes tiveram a cepa isolada em testes. A suspeita de que a variante P.1 estivesse em circulação em Campinas surgiu em meados de fevereiro, em função do aumento de novos casos da doença e de internações.

Sobre a cepa indiana, a diretora do Devisa afirmou que a previsão é que ela de fato circule em Campinas e, quando isso ocorrer, ela passe a ser a predominante. "Por isso, a importância de acelerar a vacinação", disse.


Sobre o caso, o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), afirmou ainda que a possível chegada da variante foi um dos motivos da ampliação da vacinação feita nas empresas, também anunciada na live de hoje. Amanhã começa o agendamento da vacina para maiores de 30 anos.

"Estamos focando nos grupos de 18 a 35 anos, que circula muito. É um percentual grande que aglomera, que frequenta bares. Esse aumento na velocidade na vacinação será fundamental para que a cidade não sofra no final da pandemia", afirmou.

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