Ipecc cancela estudo da Covaxin em Campinas após suspensão definitiva da Anvisa
Reprodução: ACidade ON
Ipecc cancela estudo da Covaxin em Campinas após suspensão definitiva da Anvisa


O Ipecc (Instituto de Pesquisa Clínica de Campinas) encaminhou na noite de ontem (27) um aviso de cancelamento do estudo clínico da vacina da Covaxin aos cerca de 10 mil voluntários cadastrados em Campinas e região.

A decisão veio após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciar, nesta semana, o cancelamento definitivo dos estudos clínicos da vacina indiana no Brasil. 

A fase 3 de ensaios clínicos da vacina indiana tinha a previsão de começar no mês de maio em Campinas, mas os imunizantes contra a covid-19 não foram enviados pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Após impasses, havia uma nova previsão para que os estudos começassem neste mês o que também não ocorreu. 

Em nota, o Ipecc disse que recebeu nesta semana uma nota técnica da Anvisa publicada no site oficial do Ministério da Saúde comunicando o cancelamento do estudo da Covaxin no Brasil. 

EM NOTA

"Lamentamos essa decisão, uma vez que em que pese os atrasos para início desse estudo, ele é de fundamental importância para que possamos conhecer melhor os efeitos desta vacina na população brasileira" , disse o instituto. 

No comunicado, o Ipecc agradece ainda às pessoas que se cadastraram como voluntários para colaborar no estudo, e diz estar verificando a possibilidade de trazer ao instituto outros estudos com vacinas.  

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SUSPENSÃO

Em nota divulgada na última segunda-feira (26) a Anisa disse que a suspensão definitiva do estudo no Brasil foi tomada depois que a empresa Precisa deixou de representar a vacina no país. 

"A decisão foi tomada após avaliação técnica de que o fim da autorização da empresa Precisa para representar a vacina no país inviabiliza o cumprimento da normativa que trata da condução dos estudos clínicos de vacinas no país", destacou a Anvisa em comunicado. 

Na última sexta-feira (23), a Coordenação de Pesquisa Clínica da Anvisa havia determinado a suspensão cautelar dos estudos clínicos da Covaxin no país. Na ocasião, a agência comunicou a decisão ao Instituto Albert Einstein e à Precisa, que patrocinava os testes. 

Os estudos haviam sido suspensos após a empresa indiana Bharat Biotech Limited International, fabricante da Covaxin, ter informado à Anvisa que a Precisa não tinha mais autorização para representar a farmacêutica no Brasil. Segundo a Anvisa, não chegou a haver aplicação da Covaxin em voluntários brasileiros. 


COMO SERIA

A pesquisa deveria aplicar a vacina ou o placebo em pessoas com idades entre 18 e 45 anos. 

No dia 21 de abril, foi divulgado que a vacina indiana possui eficácia de 100% contra casos graves da Covid-19.
Além disso, a eficácia global do imunizante, contra qualquer tipo de caso leve ou moderado, foi de 78%. Houve proteção também de 70% para casos assintomáticos da doença.

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