Campinas prevê fila única e mutirões para cirurgias eletivas
Reprodução: ACidade ON
Campinas prevê fila única e mutirões para cirurgias eletivas



A Rede Mário Gatti e a secretaria de Saúde de Campinas afirmaram que estão organizando uma fila única para a realização de cirurgias eletivas, para atender a demanda que ficou reprimida durante o período da pandemia. Estão previstos ainda mutirões cirúrgicos, para atender a demanda. A previsão é que o primeiro mutirão aconteça em outubro (leia mais abaixo).

Segundo a Prefeitura, a proposta é ter uma fila visível, até o final do ano, para que os pacientes que esperam por um procedimento saibam em que posição estão. O número total de pacientes que aguardam um procedimento na cidade ainda é desconhecido.

De acordo com a Saúde, os profissionais ainda estão entrando em contato com os pacientes para verificar o tamanho real da fila.

"Entre os que aguardam a cirurgia, há pessoas inscritas em várias listas, outras em que o procedimento que era eletivo acabou se tornando de urgência pela demora e já foram operadas", explicou a Administração.

QUANDO FICARÁ PRONTA?

Segundo o secretario de Saúde de Campinas, Lair Zambon, a expectativa é de que, em 30 dias o projeto da fila única esteja pronto, incluindo a Rede Mário Gatti e os hospitais conveniados, para definir as metas de atendimento.

AMPLIAÇÕES E PREVISÃO DE MUTIRÃO

Segundo a Rede Mário Gatti, uma das UTI-Covid do Hospital Ouro Verde, que foi montada dentro da área de cirurgia ambulatorial, será desativada para voltar ao atendimento original, com cirurgias nas especialidades de otorrino e oftalmologia. Com isso, salas do centro cirúrgico serão liberadas para o atendimento da demanda reprimida.

No Hospital Mário Gatti foram desativados 30 leitos de UTI-Covid e o espaço está sendo transformado em enfermaria para dar suporte às clínicas cirúrgicas. Na próxima semana, oito leitos de enfermaria começam a funcionar para atender pacientes em esquema de hospital dia, ou seja, que não precisam ficar hospitalizados após o procedimento.

"Mutirões cirúrgicos estão sendo organizados para atender àqueles que estão esperando pela operação, e existe a possibilidade de que uma dessas iniciativas ocorra em outubro, durante o feriado prolongado de quatro dias" , informou a Prefeitura.

Segundo o presidente da Rede Mário Gatti, Sergio Bisogni, nas últimas semanas, já foram feitos mutirões na área pediátrica e de cabeça e pescoço, em dois sábados, uma para cada especialidade.

O próximo mutirão será para cirurgias ortopédicas e, em novembro, para urologia. "Estamos nos organizando para que os mutirões ocorram no Ouro Verde e no Mário Gatti", informou.

NÚMEROS

Bisogni afirmou que, embora as eletivas tenham sido suspensas durante a pandemia para garantir leitos necessários aos pacientes com covid, elas não deixaram ser feitas na Rede dentro de um critério de priorização das oncológicas e das inadiáveis.



De janeiro até agora, o Hospital Mário Gatti realizou 967 eletivas, 1.374 de urgência e 100 de emergência, num total de 2.441 cirurgias. Já o Hospital Ouro Verde totalizou 2.811 cirurgias, numa média mensal de 351, mantendo uma proporção de 40% de eletivas e 60% de urgência.

De fevereiro a julho, afirmou, cinco salas cirúrgicas estavam em funcionamento. Em agosto, funcionaram cinco salas três vezes por semana, e seis duas vezes por semana. E a partir de outubro, as salas passam a funcionar com carga plena. Para reforçar as equipes, estão sendo contratados três neurologistas e seis anestesistas.

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