Com previsão de uso somente para 2022, trechos dos corredores Campo Grande e Perimetral do sistema BRT (Bus Rapid Transit) foram entregues parcialmente na tarde desta quinta-feira (30), em Campinas.
O evento contou com as participações do prefeito em exercício do município, Wanderley de Almeida (PSB) e dos ministros da Cidadania, João Roma, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Wandão está no cargo por conta do afastamento de 15 dias pedido pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) na última semana, depois de contrair covid-19 e ficar internado. Ele teve alta no último dia 28 e se recupera em casa .
Antes dos discursos, os ministros visitaram as estruturas prontas da Estação Rodoviária, no Corredor Campo Grande do BRT, que fica perto das avenidas Francisco Elisiário e Governador Pedro de Toledo.
FINANCIAMENTO DAS OBRAS
"Essa obra começou em 2012. Nós estamos em 2021. O custo é de quase R$ 500 milhões. E desde 2019 nós fizemos um aporte para essa construção de quase R$ 230 milhões", discursou Marinho.
Os valores detalhados pelo ministro do Desenvolvimento Regional fazem parte dos R$ 98,8 milhões provenientes do OGU (Orçamento Geral da União) e R$ 197 milhões com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Além desses valores, R$ 162,3 milhões correspondem à contrapartida feita pela Prefeitura de Campinas , que é responsável pela construção.
CORREDOR CAMPO GRANDE
No Corredor Campo Grande, que teve um trecho entregue parcialmente hoje, há ainda duas obras consideradas grandes que deverão ser feitas. São dois viadutos, sendo um sobre a Avenida Transamazônica e outro, sobre a Rodovia dos Bandeirantes.
Os trabalhos nessas duas estruturas devem começar em até 60 dias e a expectativa é que a conclusão ocorra em até seis meses.
Conforme o secretário municipal de Transporte, Carlos José Barreiro, o sistema está 100% operacional desde dezembro de 2020, mas não é usado por enquanto porque a licitação do transporte não foi finalizada.
ENTREGA DO BRT
Ainda de acordo com o secretário, o prazo para entrega de 100% das obras do BRT está mantido no final do primeiro semestre do ano que vem.
O prazo foi prorrogado em julho deste ano por mais 12 meses. A construção do BRT começou em 2017, durante o governo Jonas Donizette (PSB).
A última previsão da Prefeitura era de conclusão ainda no primeiro semestre deste ano, mas a expectativa voltou a sofrer alteração por conta da pandemia.
"Tivemos equipes contaminadas que foram substituídas. Tivemos ainda escassez de material, como o alumínio. Algumas indústrias não tinham o material e não cumpriam os prazos. Foi uma sequência de problemas", disse Barreiro.