A Unicamp (Universidade estadual de Campinas) inaugurou o primeiro arquivo brasileiro de Hip-hop
com materiais que vão desde as memórias dos anos 70, a chegada do Hip-hop e até a formação de espaços institucionais. O lançamento ocorreu nesta sexta-feira (12).
A ação concretiza mais um passo da Unicamp como a primeira universidade de São Paulo a adotar ações afirmativas,
que fazem parte de um conjunto de políticas públicas para proteger minorias e grupos que tenham sofrido discriminações históricas.
Entre elas, a adoção das cotas étnico-raciais no vestibular, iniciada na prova de 2018.
O ARQUIVO
O arquivo, inaugurado no Dia Mundial da Cultura hip-hop, contribui para a valorização da diversidade e dos saberes da sociedade brasileira . Ele facilita a compreensão das experiências periféricas e negras no Brasil e elucida os contextos e acontecimentos históricos importantes.
A iniciativa integra o Projeto de Memória Negra do AEL (Arquivo Edgard Leuenroth) da universidade.
Trata-se de uma ação conjunta com Afro-Cebrap (Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial) e a participação do Centro de Estudos em Migrações Internacionais (CEMI-Unicamp).
ACERVO
A iniciativa da Unicamp teve início com a chegada do acervo de King Nino Brown, um historiador autodidata e militante do movimento Hip-hop. Dele, fazem parte materiais da memória dos Bailes Black nos anos 1970 e a chegada do Hip-hop, além da ocupação dos espaços públicos e a formação de espaços institucionais, como as Casas de Hip-hop.
O evento inaugural do acervo foi transmitido pelo canais do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas)
LÁ FORA
Entre elas, estão o "Hiphop Archive & Research Institute", na Universidade de Harvard; a "Hip Hop Collection", na Universidade de Cornell; a "Hiphop Literacies Conference", na Universidade de Ohio; a "Tupac Shakur Collection", na Biblioteca da Universidade de Atlanta; o "CIPHER: Hip Hop Interpellation", na Universidade de Cork, La Place, o "Centre Culturel hip-hop", em Paris, entre outros.