O Tribunal do Júri em Campinas condenou Lucas Henrique Siqueira Santana a 18 anos, inicialmente em regime fechado, por ter matado a ex-namorada, Thaís Fernanda Ribeiro, com 11 tiros.
O crime ocorreu em maio de 2019.
A sentença foi definida depois de 9 horas de trabalhos no Palácio da Justiça, ontem (23). O crime aconteceu na casa de Santana, no bairro San Martin. Ele não aceitava o fim do relacionamento.
O julgamento foi realizado pelo 1º Plenário I, no Salão do Júri do 1º andar do Fórum Central. O réu já estava preso, com a prisão preventiva decretada.
A condenação ontem ocorreu após os jurados consideraram que Santana praticou o assassinato de Thaís com a qualificadora do emprego de recurso que dificultou a defesa a defesa da vítima,
sendo esta uma arma de fogo.
No entanto, o júri chegou a um acordo que não houve a qualificadora do feminicídio neste crime.
Com isso, a conclusão é que o assassinato não foi por razões da condição do sexo feminino.
O CASO
Thaís Fernanda Ribeiro, de 21 anos, trabalhava como operadora de caixa em um supermercado e foi assassinada na casa do réu.
O rapaz foi denunciado pelo Ministério Público por feminicídio, porque teria cometido crime contra mulher por razões da condição de sexo feminino (não admitia o fim do relacionamento); e uso de recurso que dificultou defesa (disparos com arma de fogo).
Os vizinhos contaram que no dia do assassinato Lucas colocou um som muito alto, no último volume, e se aproveitou do barulho para efetuar 11 disparos contra Thaís. Depois, ele fugiu e foi preso em Santo André.
Thaís morava com a família no Jardim São Marcos. Ela tinha acabado de completar 21 anos de idade.