Vacinação de crianças em Campinas.
Eduardo Lopes/PMC
Vacinação de crianças em Campinas.


A média mensal de casos graves de Covid-19 em crianças subiu de oito para 19 em Campinas na comparação entre 2020 e 2022, o que representa 137% de aumento. 

Entre o primeiro ano da pandemia e 2021, quando a taxa foi de 10,3, o avanço chegou a 25%. Já entre o ano passado e este ano, o crescimento de casos graves foi de 84,46%. 

Os detalhes e os índices foram apresentados pela diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea von Zuben, durante live na tarde desta sexta-feira (4). 

"Tem aquela ideia de baixa gravidade, mas o aumento tem um impacto importante no número de leitos de pediatria, ainda mais porque a vacina é segura", argumenta ela. 

O panorama atual, considerado preocupante, é percebido em meio à baixa procura pela imunização do público infantil dos 5 aos 11 anos, que tem cobertura vacinal de 19,8%. 

Com um público estimado de 112.275 nesta faixa etária e 22.187 primeiras doses aplicadas, o secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon, reconhece a surpresa. 

"É muito preocupante estar abaixo dos 20% na vacinação. É um espanto essa baixa procura. Infelizmente, é fruto de ideologia e guerra das fake news", lamentou ele. 

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CONFIRMAÇÕES

A taxa de diagnósticos de coronavírus em crianças também subiu de 2020 para 2022. Neste quesito, segundo a Prefeitura, o aumento foi de 97% na média mensal. 

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Enquanto 2020 teve 172,4 confirmações da covid-19 em crianças, 2022 tem até o momento 339. A expansão da transmissão é registrada desde 2021, com taxa de 285,3. 

"Esses resultados são fruto dessa carcterística das doenças virais. Conforme há o avanço da pandemia, ocorre esse deslocamento de faixa etária", explicou von Zuben. 

VACINAÇÃO NAS ESCOLAS

Defendendo a necessidade de ampliar a vacinação do público infantil, a Prefeitura segue apostando nas edições do Dia D aos sábados e na vacinação por demanda espontânea. 

Enquanto isso, reconhece que também planeja o início da vacinação nas escolas da rede municipal. A medida, porém, depende de reuniões e não tem data para acontecer. 

De acordo com a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, os pais serão avisados. "Os pais serão avisados e poderão enviar um termo de recusa da aplicação", explicou ela. 


Conforme definição da pasta de Saúde, quando a escola identifica a falta da vacina em algum alunos, os pais são orientados a procurar uma unidade básica de saúde. 

Além disso, ainda conforme von Zuben, será necessário também informar o Conselho Tutelar sobre a rejeição da imunização por parte dos pais ou responsáveis.

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