A paralisação de funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviço em escolas municipais de Campinas afetou 125 unidades nesta quinta-feira (10). Por conta da situação, a Prefeitura anunciou no final da manhã que abriu processo de penalização para a empresa Especialy.
Os funcionários das escolas acusam a terceirizada de não honrar com as obrigações trabalhistas, entre elas o há o não pagamento do FGTS, atrasos nos benefícios e também nos salários. A empresa é contratada para prestar serviço de limpeza em 208 unidades da rede pública da Educação.
Segundo a Administração, o processo de penalização foi aberto e a empresa pode ser multada em até R$ 250 mil.
"A instituição já havia sido notificada e advertida, conforme previsto em contrato", informou a secretaria de Educação. A pasta afirmou ainda que se a empresa não cumprir o que está firmado, outras medidas poderão ser adotadas, inclusive a suspensão do contrato.
Em nota, a Prefeitura reiterou ainda que os repasses estão em dia para a empresa - que teve os recursos bloqueados devido a uma ação judicial.
O contrato com a Especialy foi firmado em outubro de 2021 e a empresa possui cerca de 700 funcionários. O repasse mensal da Prefeitura é de R$ 2.580.303,30.
SEM AULAS
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Nesta quinta-feira aumentou o número de escolas que foram prejudicadas e ficaram sem aulas. Segundo a secretaria de Educação, hoje a paralisação atingiu 125 unidades, sendo que 80 delas pararam totalmente e 45, parcialmente.
A greve foi iniciada na terça-feira. Ontem, segundo a secretaria de Educação, 75 escolas e creches não abriram as portas, e outras 40 funcionaram apenas parcialmente.
Hoje, os funcionários não foram trabalhar novamente e fizeram outra manifestação em frente à Prefeitura. O ato conta com aproximadamente 150 pessoas, e é acompanhado pela Guarda Municipal.
Ontem a empresa se comprometeu com a Administração a normalizar suas atividades na sexta-feira (11), e a depositar os salários de seus funcionários até o final da tarde de hoje.
A empresa foi procurada novamente hoje, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.