Caso aconteceu na Etec Polivalente de Americana.
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Caso aconteceu na Etec Polivalente de Americana.


A Etec (Escola Técnica Estadual) de Americana informou que abriu um procedimento administrativo para apurar falas homofóbicas atribuídas a um professor da unidade.

As falas teriam sido feitas por um professor durante uma aula. Os estudantes postaram o áudio gravado da conversa em uma página criada nas redes sociais, tentando chamar atenção para o caso. O conteúdo viralizou.

O AÚDIO

O áudio viralizado tem cerca de oito minutos com uma suposta conversa entre o professor e os alunos. A conversa teria acontecido na quarta-feira (10).

"Vocês sabem que eu sempre fui contra essas coisas e já estou aceitando, por exemplo, dois homens morarem junto, duas mulheres morarem juntas, não tem problema. Agora, falar que vai no cartório, falar que vai se casar?", citou o professor no primeiro momento.

O homem ainda citou um casamento em que foi com a filha, em que na cerimônia dois homens citaram o desejo de ter filhos.

"Um deles falou:'Muito obrigado, nós vamos ter muitos filhos'... O que? Dois homens, muitos filhos?", ironizou. Já os alunos responderam citando a possibilidade de adoção ou outro meios.  

Ainda na gravação, o professor comparou barriga de aluguel à prostituição.  Ao observar que os estudantes se exaltam, o suposto professor rebateu e fez novas colocações.

Nós estamos conversando, não estamos discutindo, nem brigando [...] Eu só quero que vocês entendam que pra minha geração é difícil [...] Não estou dizendo que eu sou contra, mas você quer ter um filho, mas quem que vai dar esse filho pra você? Então não era melhor, se você é homem, gostaria de ser pai, por que, o que que é normal? um homem com uma mulher [...] Não tem problema, mas não vai falar que vai querer ter filho então", afirmou.



O QUE DIZ OS RESPONSÁVEIS

O centro destacou que não compactua com nenhuma forma de desrespeito e assédio, e que "orienta diretores a abrir apuração preliminar para averiguar eventuais denúncias de estudantes".

A autarquia do governo de São Paulo, responsável por administrar esta e outras unidades no estado, informou que a apuração dos fatos pode resultar em suspensão ou demissão. A assessoria não explicou se o docente indicado por estudantes está afastado ou continua a dar aula.

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