Com uma nova paralisação de funcionários que prestam serviço de limpeza nas escolas municipais de Campinas realizada nesta segunda-feira (14), a Prefeitura anunciou que avalia romper o contrato com a empresa Especialy.
Os funcionários alegam o não recebimento de benefícios. Os manifestantes foram novamente em frente ao Paço municipal protestar contra a situação.
A greve, que ocorre desde quarta-feira, afeta creches e escolas de ensino básico. Segundo o sindicato responsável, cerca de 450 funcionários ainda não receberam o vale-transporte.
Hoje, a empresa pagou R$ 56 do VT (Vale-Transporte) da semana passada. O valor desta semana não foi pago e não há previsão.
ULTIMATO
Em nota oficial no final da manhã de hoje, a Administração disse que "deu um ultimato" e avalia o rompimento.
A paralisação de hoje atingiu 61 unidades, sendo que 37 delas pararam totalmente e 24 parcialmente. Isto representa em torno de 30% do total de unidades municipais.
"Na semana passada, a prestadora foi notificada e autuada e foi aberto um processo para estabelecer o valor da multa que pode chegar a R$ 250 mil", informou a Prefeitura.
QUANDO NORMALIZA?
Hoje, mais cedo, uma comissão de representantes dos trabalhadores e Sindicato foi recebida pela secretaria de Educação. A previsão é de retomada da normalidade nesta terça-feira (15).
A Prefeitura disse também em nota que os repasses estão em dia para a empresa - que teve os recursos bloqueados devido a uma ação judicial.
O contrato com a Especialy foi firmado em outubro de 2021 e a empresa possui cerca de 700 funcionários. O repasse mensal da Prefeitura é de R$ 2.580.303,30.
NA SEMANA PASSADA
A paralisação dos trabalhadores começou na última terça (8) e foi ganhando mais força durante a semana.
Na quinta-feira, 125 escolas e creches foram afetadas pela greve.
Ao longo da última semana, funcionários fizeram atos em frete ao Paço Municipal cobrando soluções da Prefeitura. O grupo acusa a empresa Especialy de não honrar com a data dos vencimentos dos salários.
Além disso, funcionários citavam que obrigações trabalhistas também não estavam sendo cumpridas. Entre elas, a falta de pagamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e de benefícios.
Após protestos e ameaça de multa, a empresa informou que todos os pagamentos de salários seriam cumpridos até a quinta-feira. Na sexta, no entanto, alguns funcionários ainda não tinham recebido o salário.