Mãe de bebê que pode ter sofrido abuso diz desconhecer lesões
Paula Vieira/SSP
Mãe de bebê que pode ter sofrido abuso diz desconhecer lesões


A mãe do bebê de 11 meses suspeito de ter sofrido abuso sexual, em Campinas, negou à Polícia Civil ter conhecimento das lesões encontradas no corpo da criança. No depoimento, a mulher, de 19 anos, afirmou ontem (23) que o menino não estava com as lesões até terça-feira.

Ela também informou que ontem, antes de levar o menino à creche, trocou a criança no escuro, o que pode ter contribuído para não ter percebido as marcas. Ela também acredita que as lesões podem ter sido causadas pela irmã do menino, ou até mesmo por uma outra criança na creche (veja abaixo mais detalhes do depoimento).

Segundo laudo médico, a criança estava com várias mordidas pelo corpo, como nas costas, joelho e ombro. O laudo foi feito pela equipe médica do Hospital Mário Gatti onde a criança está internada. O caso foi registrado como estupro de vulnerável e lesão corporal. O padrasto da criança ainda será ouvido pela Polícia Civil.

O DEPOIMENTO

No depoimento, a mãe do menino disse que estava trabalhando quando a GM (Guarda Municipal) foi até o seu trabalho e disse que o bebê estava no hospital. Ela foi levada pela GM, junto com a mãe - avó da criança -, à unidade. Lá, ambas foram informadas das lesões.

Na polícia, a jovem disse: "não saber quem provocou as lesões" e que "na data de ontem (terça-feira), a criança não estava com lesões".

A mãe afirmou ainda que ontem trocou o bebê no escuro para não acordar e por isso também não notou lesões no filho, o qual não apresentava sinais de dor. Ela disse também que "não tem conhecimento de que seu filho tenha sido abusado sexualmente" e "que nunca notou nenhuma lesão nas partes intimas do bebê".

O documento onde está a declaração completa da mãe de 19 anos foi obtido pelo acidadeon Campinas . Nele, a mulher disse que no hospital reportaram apenas que seu filho apresentava mordidas. Ela afirma que essas lesões podem ter ocorrido na creche.

A mulher afirmou em depoimento que não desconfia do padrasto da criança, um tatuador, pois ele é apegado as crianças. 

A mãe disse também que não tinha contato com eles desde às 14h da data do ocorrido e que "recebeu o caderno de anotações das ocorrências com a criança, mas que não se lembra de ter visto o aviso no caderno nesta data"

Por fim, a mulher disse também que quem dá banho no bebê é ela mesma. E que a cuidadora, com quem a criança fica, terá o número de celular divulgado para a investigação.

O CASO

O caso aconteceu nesta quarta-feira. A Polícia Civil investiga como suspeita de abuso sexual e lesão corporal. A GM foi acionada pela direção da creche frequentada pela criança. Os funcionários chamaram a corporação após notar hematomas e lesões no corpo do menino.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), na região do Jardim Londres, a criança foi levada primeiro para o Hospital PUC-Campinas, onde a equipe médica constatou lesões e "possíveis sinais de abuso sexual" no corpo do menino.



Em seguida, o menino transferido para o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde permanece internado. O estado de saúde dele ainda não foi informado.

Segundo a Guarda Municipal, foram anexadas na ocorrência fotos de mordidas que a criança sofreu, e exame de corpo de delito. O caso foi registrado como estupro de vulnerável e lesão corporal.

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