O bebê de 11 meses suspeito de ter sofrido abuso sexual teve alta na tarde desta quinta-feira (24), em Campinas.
O menino foi levado ontem (23) pro Hospital Mário Gatti, depois da denúncia de funcionários de uma creche.
A polícia civil investiga o caso e a mãe disse desconhecer as lesões apontadas
(leia mais abaixo).
Além da polícia, o Conselho Tutelar informou que também está trabalhando no caso, que segue em segredo de justiça. Já a assessoria do hospital Mário Gatti informou que o bebê teve alta no fim da tarde de hoje, mas não soube dizer com quem a criança vai ficar.
Mais cedo, o estado de saúde do bebê era considerado estável e ele estava em observação. Segundo laudo médico da unidade, a criança estava com várias mordidas pelo corpo, como nas costas, joelho e ombro.
O delegado responsável pelo caso, Bruno Geraldo Rosa, pediu exame de corpo de delito do bebê e também o material que possa confirmar o abuso sexual. "Não dá pra afirmar, realmente, que é o padrasto, porque ele ia para creche, tinha cuidadora, ia de perua (para a creche). Então tinham muitas outras circunstâncias"
, disse Rosa.
O CASO
Ontem, a GM foi acionada pela direção da creche frequentada pelo menino de 11 meses.
Os funcionários chamaram a corporação após notar hematomas e lesões no corpo do menino.
A criança foi levada primeiro para o Hospital PUC-Campinas, onde a equipe médica constatou lesões e "possíveis sinais de abuso sexual" no corpo do menino.
Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde ficou internado. Segundo a Guarda Municipal, foram anexadas na ocorrência fotos de mordidas que a criança sofreu, e exame de corpo de delito.
A Polícia Civil foi então acionada, e investiga o caso, registrado como estupro de vulnerável e lesão corporal.
DECLARAÇÃO DA MÃE
Em depoimento, a mãe do bebê negou à Polícia Civil ter conhecimento das lesões encontradas no corpo da criança.
No depoimento, a mulher, de 19 anos, afirmou ontem que o menino não estava com as lesões até terça-feira.
Ela também informou que ontem, antes de levar o menino à creche, trocou a criança no escuro, o que pode ter contribuído para não ter percebido as marcas.
A mãe também acredita que as lesões podem ter sido causadas pela irmã do menino, ou até mesmo por uma outra criança na creche.
A mulher afirmou ainda em depoimento que não desconfia do padrasto da criança, um tatuador, pois ele é apegado às crianças.
A mãe disseque não tinha contato com eles desde às 14h da data do ocorrido e que "recebeu o caderno de anotações das ocorrências com a criança, mas que não se lembra de ter visto o aviso no caderno nesta data".
Por fim, a mulher disse também que quem dá banho no bebê é ela mesma. E que a cuidadora, com quem a criança fica, terá o número de celular divulgado para a investigação.