A Polícia Civil de Campinas prendeu na manhã desta quinta-feira (10) um líder espiritual de 43 anos acusado de ter cometido abusos sexuais contra pacientes, homens e mulheres, em uma clínica que fica no distrito de Sousas.
Esses abusos teriam ocorrido ao longo de 10 anos e os pacientes, que buscavam cura espiritual, chamavam o homem de "pai".
Segundo a polícia, o suspeito vem sendo investigado há mais de dois meses. Ao menos cinco vítimas teriam denunciado os abusos.
Esses abusos ocorriam após a promessa de cura espiritual, de acordo com a polícia. No entanto, a investigação não informou como e nem quais eram os abusos que ocorriam.
A Polícia Civil acredita que o "pai espiritual" tenha feito entre dez e 15 vítimas, incluindo moradores de Campinas, da capital e de fora do Brasil.
O suspeito atuava em Campinas pelo menos desde 2004. Hoje, na casa dele, foram apreendidos dois celulares e dois notebooks.
CLÍNICA
A clínica onde os abusos teriam ocorrido deixou de realizar atendimentos em dezembro do ano passado.
Isso ocorreu após as vítimas questionarem as pessoas envolvidas na clínica sobre a conduta do líder espiritual. Até então, ele era trata como "o mais conceituado do local".
As informações foram confirmadas pelo delegado responsável pelo caso, José Roberto Rocha Soares, do 12º DP (Distrito Policial) de Campinas.
DEPOIMENTO
Em depoimento, o suspeito disse que atuava com a esposa e outros terapeutas na clínica. Com as sessões de terapia e os cursos, ele disse que ganhava cerca de R$ 40 mil por mês e a esposa, de R$ 20 mil a 25 mil.
A reportagem da EPTV Campinas
foi hoje no local onde ficava a clínica, mas foi informada que desde fevereiro deste ano funciona uma empresa de engenharia no local. O suspeito foi preso de forma preventiva e deve ser levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Sorocaba.
À tarde, o suspeito foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal), onde passará por exame de corpo de delito.
Ao todo são cinco inquéritos abertos em tramitação.
O crime de estupro não é investigado, porque de acordo com a polícia não ocorreram abordagens mediante violência ou grave ameaça contra as vítimas.