Médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) iniciaram um movimento de paralisação nesta quarta-feira (30), com adesão em Campinas e região. O movimento acontece no dia em que completa uma semana da greve parcial iniciada pelos servidores do INSS.
Tanto médicos como servidores reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, entre outras questões. Em Campinas, a média é de 150 perícias realizadas por dia, de acordo com os servidores.
Segundo o Sinsprev (Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo) a paralisação é parcial. Aproximadamente 15 médicos peritos atuam na unidade do Centro de Campinas. Durante a manhã, havia quatro médicos atendendo os beneficiários, e a previsão era de que, apenas, um médico atenda no período da tarde.
Localizada na Avenida Barreto Leme, a unidade é a única que realiza perícias médicas na cidade. A outra unidade que fica na Avenida das Amoreiras, no bairro Chácaras Campos Elíseos, está fechada desde o início da greve, e lá não são feitas as perícias.
Vale lembrar que no começo do ano médicos peritos fizeram uma paralisação nacional, que também afetou atendimentos na região. Pessoas que tinham perícias agendadas tiveram de remarcar os exames.
Segundo a EPTV Campinas, as perícias agora estão sendo reagendadas a partir de meados de maio.
ADESÃO DE PERÍTOS NA REGIÃO:
Campinas - adesão parcial
Americana - adesão total
Sumaré - adesão total
Indaiatuba - adesão parcial
Santa Bárbara d'Oeste - adesão total
PARALISAÇÃO
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A greve dos servidores começou na última quarta-feira (23). Houve fechamento da unidade da Avenida das Amoreiras, em Campinas, além da agência de Hortolândia.
Também parcial, o movimento vem ganhando força com a adesão de mais servidores a cada dia.
Na região, servidores de Sumaré, Americana, Indaiatuba e Valinhos aderem ao movimento. Até então, no entanto, as perícias médicas a alguns atendimentos eram mantidas.
REINVIDICAÇÕES
Entre as principais reivindicações dos peritos está a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária, além da recomposição salarial de 19,99% para repor perdas de 2019 a 2022.
No ofício encaminhado ao Ministério do Trabalho e Previdência, a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais cita "a omissão no cumprimento de promessas feitas à categoria, situação degradante de carreira, extrema insatisfação e revolta da categoria, frustração das negociações e postura inerte do governo federal em relação aos pleitos da categoria".
O INSS é procurado pela reportagem desde o início das paralisações, mas não se manifestou até agora.