A PM (Polícia Militar) de Campinas está fazendo uma campanha para arrecadar brinquedos e roupas para o menino de 11 anos que foi encontrado acorrentado a um barril há três dias no Jardim Itatiaia, em Campinas. Nesta terça-feira (2), ele continua internado no Hospital Municipal Mário Gatti e deve receber as doações após sair da unidade.
De acordo com a PM, as entregas podem ser feitas na 2ª Companhia do 35º Batalhão na Avenida Guarani, 1190, no Jardim Paraíso. A polícia não está arrecadando dinheiro nem alimentos.
O menino foi encontrado no sábado (30) acorrentado a um barril na área da casa onde morava com o pai, um auxiliar de serviços gerais, de 31 anos, a madrasta e a filha dela. Ele estava nu, com fome e havia feito necessidades fisiológicas no local. Inclusive, ele disse à equipe que chegou a comer as próprias fezes.
Você viu?
Em depoimento, o garoto, encontrado em situação de desnutrição, afirmou que não comia nada há três dias e era mantido naquela situação frequente no barril desde que completou 10 anos. O local, com menos de quatro metros quadrados, era coberto por uma telha do tipo brasilit e com uma pia de mármore por cima, para impedir a saída do garoto.
O casal e a jovem foram presos em flagrante e tiveram a prisão preventiva decretada ontem. A
Prefeitura de Campinas
e o
MP
(Ministério Público) investigam o caso. Ainda ontem o Conselho Tutelar
negou que tinha ciência da tortura do menino, mas que acompanhava a família.
O órgão emitiu uma nota à população e à imprensa dizendo que a informação recebida em dezembro e janeiro era de que a "situação da criança e família vinha evoluindo bem e positivamente". Para a polícia, a criança estava nesta situação há pelo menos um mês. O pai vai responder pelo crime de tortura enquanto as mulheres pelo crime de omissão.