Carros apreendidos durante a Operação Black Flag.
Divulgação/Polícia Federal
Carros apreendidos durante a Operação Black Flag.

A operação 'Black Flag' deflagrada na manhã desta terça-feira (11) pela Polícia Federal de Campinas , apreendeu veículos de luxo, joias, diamantes, documentos falsos e a quantia de R$ 1 milhão em espécie.  Até o começo da tarde, 12 pessoas já haviam sido presas, sendo 10 em Campinas.

A operação teve como alvo um grupo econômico da região de Campinas que teria utilizado empresas de fachada e pessoas físicas falsas para movimentar recursos financeiros. A organização foi identificada pela Receita Federal durante o trabalho de fiscalização. O grupo é acusado de fraudes no sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 2,5 bilhões.

O objetivo, segundo a investigação, era sustentar os integrantes do grupo em "padrão cinematográfico" com a compra de veículos de luxo, imóveis, lancha e até patrocínio de esporte automobilístico.

Durante as buscas, pelo menos dez carros de marcas de luxo foram apreendidos e encaminhados à sede da PF, em Campinas. Em Paraty (RJ), também foram recolhidas lanchas. Entre os veículos, estavam carros de marcas como Porsche, BMW, Mercedes-Benz, Land Rover e Volvo. 

VEJA OS VEÍCULOS APREENDIDOS: 


Você viu?

Segundo a PF, o grupo tinha empresas do setor metalúrgico e atuava na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Um delegado da PF que atuava na capital foi afastado delegado por 30 dias por suspeita de troca de informações com os criminosos.

Durante a manhã, foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios dos investigados. As ações ocorreram nos municípios de Campinas, Indaiatuba, Sumaré, Valinhos, São Paulo, Guarujá, Paraty (RJ), Aquiraz (CE), Fortaleza (CE) e Brasília (DF).  

COMO FUNCIONAVA

Segundo a investigação, um grupo econômico da região de Campinas, teria utilizado empresas de fachada e pessoas físicas falsas para movimentar recursos financeiros foi identificado pela Receita Federal durante o trabalho de fiscalização.

Com o aprofundamento das investigações, verificou-se que, em determinado momento, a titularidade das empresas do grupo fiscalizado foi transferida para laranjas e ao mesmo tempo, o capital social dessas empresas foi aumentado de forma artificial.

Valores obtidos junto às instituições financeiras e decorrentes de ilícitos tributários foram transferidos a laranjas e a contas abertas com CPFs falsos.

De acordo com a Receita Federal, laranjas, CPFs falsos e empresas de fachada também foram utilizados para a ocultação da real propriedade de bens de alto valor. Uma empresa de fachada, por exemplo, reúne em seu patrimônio imóveis nas regiões mais valorizadas das cidades de Campinas e São Paulo, carros de luxo e uma lancha avaliada em mais de R$ 4 milhões.

"Foi apurada a existência de uma vasta gama de pessoas que teriam auxiliado na prática dos ilícitos, como advogados e contadores, além de responsáveis pela falsificação de documentos. Mais recentemente, o mentor da organização passou a atuar no ramo de energia solar e também se valeria de uma offshore para justificar a origem dos vultosos investimentos", disse a nota.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!