Um homem de 43 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (16) em Campinas, durante uma operação contra grupos nazistas.
Segundo a Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais), dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão foram cumpridos na região do Parque Santa Bárbara.
A operação, feita em nível nacional, é comandada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Ao todo, quatro mandados de prisão e 30 de busca e apreensão foram cumpridos em sete estados contra grupos de pessoas que se autodeclaram nazistas.
Segundo os policiais cariocas, há informações sobre possíveis ataques desses grupos. Em Campinas, na casa do alvo foi encontrado um artefato explosivo, além de filmes e materiais antissemitas.
O explosivo foi retirado da casa por equipes do GOE (Grupo de Operações Especiais), com o apoio do GER (Grupo Especial de Reação) de São Paulo. O homem foi preso por força de um mandado de prisão temporária e
pode autuado por crime de terrorismo e pela lei do desarmamento, com penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão.
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A OPERAÇÃO
De acordo com o MPRJ, os alvos da operação são pessoas suspeitas de praticar, divulgar e instigar a realização de atos de discriminação e preconceito contra raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores. Alguns dos suspeitos são adolescentes.
O grupo é investigado por publicar fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista em redes sociais e em aplicativos de mensagens. Há ainda a incitação da prática de violência contra esses segmentos.
A operação foi denominada de Bergon. O nome, segundo o MP, faz referência à freira francesa Denise Bergon, que desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra.