Os sete policiais acusados de matar quatro suspeitos de participação na morte do então prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos (PT), o Toninho, em 2001, foram absolvidos pelo Conselho de Sentença na tarde desta terça-feira (15).
Formado por quatro homens e três mulheres, o júri teve pelo menos quatro votos pela absolvição dos réus.
A sessão foi iniciada nesta segunda (14) e retomada por volta das 10h desta terça. A sentença foi proferida por volta das 13h30.
Ao longo do julgamento, de acordo com o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, sete testemunhas e um dos acusados foram ouvidos
no Fórum Criminal Ministro Mario Guimarães, que fica da Barra Funda, na capital paulista.
Para o advogado de defesa dos sete policiais, Daniel Bialski, o resultado comprova que os clientes "agiram no estrito cumprimento do deve legal"
"Desde o fato e durante todos esses anos de tramitação do processo, a defesa jamais desistiu de comprovar a inocência dos policiais, bem como que a regularidade e a legalidade da ação realizada. A reação e a repulsa aos tiros desferidos pelos meliantes foi inevitável, restando comprovado que agiram no estrito cumprimento do dever legal. A absolvição hoje proferida é a demonstração disso", comentou.
O CASO
O caso ocorreu em outubro de 2001. Na época, os policiais trocaram tiros na noite do dia 2 com quatro homens na Praia Martim de Sá, em Caraguatatuba.
A investigação da época apontou que eles fariam parte de uma quadrilha de sequestro-relâmpago e dois seriam suspeitos de participar da morte de Toninho.
Por isso, a equipe foi até o litoral em busca da dupla. A família da vítima nega o envolvimento deles nos crimes. Segundo a Polícia Civil de Caraguatatuba, ao chegarem na casa onde os homens estavam, houve resistência e troca de tiros.
Na ação foram mortos Valmir Conti, Anderson José Bastos, Fábio Soares Menegrone e Alessandro Renato Pereira Carvalho.